Definição

Disfunção Têmporo-Mandibular (DTM) corresponde a uma terminologia que engloba um conjunto de patologias relacionadas com as articulações da mandíbula, chamadas de Articulações Têmporo-Mandibulares (ATMs) e com a musculatura facial, craniana e cervical, que pode, portanto, apresentar alterações tanto a nível articular como a nível muscular.

Sinais e sintomas

Vários são os sinais e sintomas encontrados em pacientes com DTM, sendo que não são todos necessariamente encontrados em um mesmo paciente, podemos destacar: limitação e/ou desvio na abertura de boca, ruídos nas ATMs, cefaléia (dor de cabeça) tensional, dificuldade na deglutição, sensação de cansaço na musculatura facial, cervicalgias (dor no pescoço), dores nos dentes, nas ATMs, na face, etc.

Otorrinolaringologia e DTM

Na maioria dos casos de disfunção têmporo-mandibular encontram-se sinais e sintomas que repercutem a nível auditivo sem causa aparente, como: otalgias (dor no ouvido), baixa na acuidade auditiva (audição diminuída), zumbido, tontura e sensação de plenitude auricular (sensação de ouvido cheio).

Oftalmologia e DTM

A disfunção têmporo-mandibular pode também apresentar sinais e sintomas oftalmológicos, como: dor no olho, fotofobia (incômodo com a claridade), escurecimento da visão, visão nublada, lacrimejamento, edema (inchaço) na pálpebra, sensação de queimação, etc. Tanto as alterações otorrinolaringológicas como as oftalmológicas, normalmente desaparecem após o tratamento da disfunção têmporo-mandibular, que nestes casos, é a real causa.

Tratamentos

O tratamento e o diagnóstico das DTMs, são realizados por uma ação multidisciplinar, onde envolve vários profissionais, como: Cirurgião-Dentista (que pode ser cirurgião Buco-Maxilo-Facial, ortodontista, protesista, etc), fisioterapeuta, otorrinolaringologista, reumatologista, neurologista, fonoaudiólogo, radiologista e psicólogo. Com relação ao tratamento das DTMs, existem várias possibilidades, que podem ser isoladas ou combinadas a depender de cada caso, como: confecção de placa miorrelaxante, laser de baixa potência, tens, fes, ultrason, técnicas de fortalecimento e reeducação musculares, medicações (anti-inflamatório, analgésico, toxina botulínica, infiltração anestésica, ácido hialurônico ou corticóide, etc), biofeedback, psicoterapia, acupuntura, etc.